Tirolesa é: “Produto em que a atividade principal é o deslizamento do cliente em uma linha aérea ligando dois pontos afastados na horizontal ou em desnível, utilizando procedimentos e equipamentos específicos”, como bem define a ABNT NBR 15500: 2007.
Para entender melhor, o cabo aéreo citado pela norma é um cabo de aço esticado entre os dois pontos, pelo qual a criança ou praticante se desloca utilizando uma cadeirinha (cadeirinha ou boldier é um cinto que envolve o corpo do praticante) através de roldanas (polias) conectadas por mosquetões a um boldrier.
Mais do que termos técnicos, a tirolesa é um dos esportes de aventura mais divertidos e emocionantes. Ela permite termos a sensação de estar voando, sentirmos toda a adrenalina que atividades em altura oferecem, de forma única e segura.
Apesar de ser mais conhecido como um meio recreativo, a tirolesa também é utilizada com outros objetivos, como por exemplo em resgates, espeleologia e operações militares.
Curiosidade
O nome tirolesa foi dado por ser uma atividade esportiva de aventura originária da região do Tirol, na Áustria.
Tipos de Tirolesa
Segundo a Norma ABNT existem dois tipos de tirolesa:
a)Tirolesa simples: instalada com um ou mais cabos servindo ao mesmo tempo de cabo de progressão e de linha de vida. O cabo ou conjunto de cabos deve ser projetado como uma linha de vida, calculando conforme 7.93 (norma ABNT NBR 15500: 2007).
b)Tirolesa com linha de vida: instalada com um ou mais cabos e um cabo adicional servindo como linha de vida. A linha de vida deve atender aos requisitos de 7.9.3 (norma ABNT NBR 15500: 2007).e o cabo ou conjunto de cabos dever ser dimensionados de acordo com 9.2 (norma ABNT NBR 15500: 2007).”
Normas para montar uma tirolesa
Acabamos de dizer que a tirolesa é um esporte de aventura seguro. Mas, para isso é necessário que várias normas sejam seguidas e pessoas qualificadas realizem a montagem e operação do brinquedo.
Caso queira se aprofundar um pouco, as principais normas à serem seguidas para operar uma tirolesa podem ser dividas entre normas específicas, que são aquelas que dizem respeito estritamente à tirolesa e as normas transversais, que são àquelas que dizem respeito a tudo que envolve o objeto em sí.
- Normas Transversais
ABNT NBR 15285 – Turismo de Aventura – Líderes – Competência de pessoal
ABNT NBR ISO 21103:2014 – Turismo de Aventura – Informações à participantes
ABNT NBR ISO 21101:2014 – Turismo de aventura — Sistemas de gestão da segurança — Requisitos
ABNT NBR 15500:2014 – Turismo de Aventura – Terminologia
- Normas Específicas
ABNT NBR 15397 – Condutores de Montanhismo e de Escalada – Competências de pessoal
ABNT NBR 15400 – Turismo de Aventura – Condutores de canionismo e cachoeirismo Competências de pessoal
Além dessas é fundamental o conhecimento e cumprimento de um conjunto de normas que envolvem a construção de uma tirolesa, como por exemplo: normas dos cabos, normas dos EPI’s, entre outras.
Hoje no Brasil existe normas com citações especificas para construção e operação de uma tirolesa. Separamos alguns trechos que consideramos relevantes.
Ressaltamos que o conhecimento parcial das normas é insuficiente para a construção de uma tirolesa.
“Recomenda –se que, na instalação da tirolesa o cabo seja instalado de forma que o cliente não tenha como tocá-lo com suas mãos durante sua progressão”
“A linha de vida e suas fixações devem ao resistir ao menos a duas vezes a tensão pela carga nominal ( ver 7.9.2) aumentada do coeficiente de redução correspondente a técnica de fixação utilizada (como, por exemplo: coeficiente de 1,2, quando são utilizados clipes).”
“Os cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 2408. No caso de serem usados cabos encapados, deve ser possível a inspeção visual das suas condições. “
“Em tirolesas, em função da compleição do cliente, pode ser recomendável a utilização de peitoral tipo D que atenda à EN 12277 ou cadeirinha completa tipo A ou tipo B que atenda a EN 12277/A ou EN 12277/B”